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A Cidade do Sol - Khaled Hosseini

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Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2007
Páginas: 368
Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.
Laila tem 15 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

Sabem aqueles livros que você demora um tempão para se decidir a ler, e quando o faz se arrepende de não ter lido antes? Pois A Cidade do Sol é um desses. Há alguns anos Khaled Hosseini se destacou com seu romance de estreia, O Caçador de Pipas, e levou o mundo inteiro a olhar de maneira diferente para o Afeganistão.

Nesta outra história, ele não deixa por menos. Suas protagonistas são mulheres diferentes entre si, mas que tem em comum a coragem de enfrentar seu destino. Mariam, nascida de uma relação com um homem importante e casado com outras 3 mulheres, não teve em sua infância exemplos sinceros de amor do pai, (ao meu ver, um homem fraco) nem o carinho e colo da mãe (sua mãe a amava sim, mas o sofrimento a que foi submetida após a gravidez, distorceu sua visão do amor e a impediu de demonstrar à Mariam o amor que lhe dedicava). 

Após um casamento arranjado às pressas, para que não fosse um problema às esposas do pai, ela se muda para Cabul e de início parece que ela finalmente vai ter um pouco de carinho e tranquilidade em sua vida. Isso só dura até ela e o marido descobrirem que por mais que tentassem, ela não conseguia sustentar uma gravidez. 

"Uma mulher que pede muito pouco da vida, que nunca incomoda ninguém, nunca deixa transparecer que ela também tem tristezas, desapontamentos, sonhos."

Laila, ao contrário, teve uma infância repleta de amor dos pais e dos irmãos, e cedo descobriu o poder de encontrar sua alma gêmea (um pouco piegas, eu sei, mas é verdade). Mas assim como em todos os outros lugares que passaram por isso, a guerra afetou primeiramente aos afegãos, e Laila, por um acaso (ou proteção) do destino, se viu sozinha no mundo antes de se tornar adulta. A partir desse momento suas vidas se encontram e se entrelaçam de forma que juntas tentam sobreviver ao caos que se instalou em suas vidas e na vida do povo afegão, ainda que no início elas não consigam se entender, nem entender a si mesmas.

Hosseini, através da história dessas mulheres nos conta um pouco sobre o que foi e o que é ser mulher no Afeganistão, um país assolado por uma guerra que parece nunca terminar, mas ainda assim repleto de uma bela história e de pessoas que apesar de todo o sofrimento que lhes é imposto (pelo governo, religião ou supostos heróis), não perdem a esperança de um futuro melhor. Mesmo que esse futuro se resuma apenas ao dia seguinte. 

6 comentários:

  1. A capa é linda e enigmática, já esta anotado!

    http://www.grazihaveablog.com/

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  2. O livro parece maravilhoso! Eu lembro de ter assistido ao filme O Caçador de Pipas no curso, no começo eu achei meio chato (até pensei que iria dormir), mas depois que comecei a prestar atenção, vi o quanto o filme era lindo e forte, o quanto passava uma linda lição. Eu nunca ouvi falar sobre esse aí, A cidade do sol, mas fiquei bastante interessada. Adoro livros que nos fazem pensar, sabe? São incríveis! *-*
    Um beijo
    http://cirandadeflores.blogspot.com.br/

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  3. Acho bem interessante esses livros de superação. Imagino como deve ser mulher no Afeganistão, com toda certeza não deve ser nem um pouco fácil.
    Não gosto muito de ler livros assim, mas vou anotar sua dica. Fiquei curiosa para saber como elas conseguem e se conseguem superar tudo.

    Beijos ;*
    Proseando com uma BibliophileFacebook

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  4. Oi Gabriela!! Eu sempre quis ler esse livro, mas nunca o comprei. Na verdade já tinha até esquecido dele, sei bem o que você quer dizer quando se arrepende de ter demorado tanto pra ter lido um livro. Adorei a sua resenha, tô com dó da Mariam de novo, sempre fico quando leio uma resenha desse livro. Eu tive a oportunidade de fazer amizade com algumas mulheres árabes e são tantos costumes, tantas regras que pra gente é uma coisa inconcebível e inimaginável, que eu agradeço sempre por ter nascido num país como o nosso. A gente tem que ver cada coisa por aqui hehe mas ainda acho melhor do que não ter liberdade nenhuma :/ Eu voooou ler esse livro ainda esse ano haha Beijos!! http://www.trocandodisco.com.br/

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  5. Oi, Gabriela! Tudo bem? Nunca li nada do Khaled Hosseini, mas tenho bastante vontade de ler os livros dele! A Cidade do Sol chama bastante a minha atenção, pois tem uma capa bem bacana e uma sinopse que me leva a crer que a história nos passa uma bela lição! Adorei o post! :)

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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  6. Como eu li o caçador de pipas e me deixou muito triste jurei nunca mais ler nada do autor....
    bjs

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